13 de fevereiro de 2009

Minha pequena soviet (ou da flor que brotou)





Essa tarde sai à procura de um lugar que revelasse em curto tempo se minha pequena soviet resistira às mudanças do mundo. A maioria dos lugares me davam um prazo de cinco a quinze dias. Seria muito para esperar de alguém com tamanha ansiedade. Assim rendi me ao único lugar que poderia me dar uma resposta mais rápida, o lugar onde tudo é fast food, sim, o shopping Center. Consegui uma revelação para amanhã à tarde.

Saindo de lá tropecei em frente a livraria. Consumo pra todos os gostos. Não resisti. Mesmo em meio a um momento tão desutilmente apaixonada por Manoel, rendi-me a Vinicius. Deixando por lá Retrato do artista enquanto coisa, Deixando pra depois Memórias inventadas. Rendi-me: Para uma menina com uma flor. Foi um menino de olhar agateado e vida complicada, o responsável. Escuto o poetinha desde muito pequena. Cresci com vinis recitados e cantados. No entanto, foi a primeira vez que escutava essa:

Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai, eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino, o que aliás, você não vai nunca porque você acorda tarde, tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado.
(Pedaço primeiro de Para uma menina com uma flor de Vinicius de Moraes)

2 comentários:

Jú Pacheco disse...

Oi Fefê!
Que legal!!
Estamos conectadas nas nossas histórias agora! Adorei!!!
Eu de meia calça rosa e coque no cabelo e vc com seus lindos modelitos Tiêta!
Beijos

Pérola disse...

Que delícia!
Adoro esse poeminha de Vinicius!!!
Beijos florescendo...