*Foto das trêsnofórum
Foram muitas as águas deste fórum.Águas vigorosas. Ora fortes e alegres. Ora profundas e tristes. Mas sempre vigorosas. Sabia já que este era o mês das águas. O rio Guajará e o porto do cais. O rio Guamá torneando as curvas das universidades, Federal e Rural. Os sapos cantarolando a noite entre os brejos. Os muiraquitãs. Rios terra. E chuvas, chuvas diárias e fortes, rápidas, longas. Intensas.
Mas nem só dessas águas fez-se este Fórum Social Mundial.
Sua diversidade de emoções, sim, ultrapassa as diversidades lingüísticas.
Muitos sons.
A energia das meninas de Emaús, que saltitam vigorosamente em gritos decorados e coletivos. Fortes presenças. Também confesso que me surpreendi de maneira engraçada ao ver, por exemplo, de um lado os batuques fortes e sensuais do tambor de criola e ali rente ao lado o rapaz sentado de pernas cruzadas, olhos fechados a meditar, como se estivesse no topo de uma montanha. Silêncios e barulhos.
Muitas cores. A bandeira GLBTI mesmo traz muitas delas. Assim como a linda bandeira Aymara. Assim como sementes e pinturas dos indígenas da Amazônia. Cores.
No meio destes gritos e cores, fica Belém como a terra das cachoeiras urbanas (parodeando quem está na bera). Sim, pois suas chuvas intensas molharam essa marcha e fecundaram o inicio deste FSM.
Eu, ainda querendo sentir tudo isso, tudo que acontecia. De que fluxos se constituíam aquele gigantesco encontro? Era apenas o início.
A noite, Lavarello, Liliane, Ivone e eu nos encontramos com nossos companheiros de duas rodas: Cadu, Roberta, Rodrigo e Daniel e suas magrelas.
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