Já acampei no meio do mato, na praia e dentro de uma enorme caverna, mas o som dos morcegos não me incomodavam tanto assim... Dentro dessa casa, no meio do sertão, dormir assim, sem nenhum mosqueteirozinho está parecendo muito trabalhoso...
Já deitei na rede. Já fui pro chao. Revirei. Desvirei. Mesmo na rede coberta pelo lençol, essas danadas das muriçocas vem se nenhum pudor. E o proprio cobrir-se deveras já e insuportavel nesse calor.
E alem disso, é uma sinfonia. Passaracos cantam esporadicamente voando, grilos, sapos, dois burricos estacionam em frente a casa, o barulho de duas latas batendo se parar e principamente uma orquestra filarmonica de potentes muriçocas.
E se fosse apenas esses sons... mas as ideias quarando no varal não me deixam dormir.
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*lembrei desses escritos essa semana ao ver Vau de Sarapalha, uma peça do Grupo Piollin adaptada de um dos contos de Guimarães Rosa. Lindissima. Algumas das cenas os primos se cobrem com seus lençois reclamando dos mosquitinhos. **ah, depois desta noite, ao acordar, em Aracatiara, fui descobrir que as latas na verdade eram sinetas nos pescoços de duas vaquinhas que se alimentavam por ali.
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