Antes foi fruta.
Cacau era o nome. Motivo de plantio e lucro na Bahia. Evangelista trabalhou na lavoura até deixar disso. Rumou para outras terras, caminhou para o Ceará. Foi. Deixou o Cacau.
Ceará era terra de outros frutos.
Mas chegando lá a fruta não lhe deixou. Já na pele, virou apelido... Assim, um nome batizado informalmente por amigos, no meio de uma partida de futebol:
- Ô Cacau!
Desses nomes que não são dados pelo nascer, mas sim pela caminhada, construídas a cada pisada. E em todo canto era assim chamado. Foi assim que depois deixou de lado o Xavier, seu segundo nome.
E em cada filho que chegava, deixava um pouco mais de si. Um a um, cada um: Cacau da Costa.
Nome tornado sobrenome por desejo mesmo, batismo de sua história, todos os onze: Cacau.
Carmelia Cacau é uma das filhas, hoje com 86 anos.
Essa história fui sabendo no caminho.
Entre São Paulo e Ceará um pouco, entre Fortaleza e Itapipoca outro pouco, entre Itapipoca e Amontada outro tanto, até encontrar Lagoinha, que já nem era Lagoinha, já virada cidade tinha sido renomeada: Aracatiara.
Essa história fui sabendo no caminho, entre estradas e cidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário