19 de outubro de 2009

Da nascente - ou do encontro entre o mar e o rio


Reparar em tudo pela primeira vez, não apolipticamente, como revelações do Mistério, mas diretamente como florações da Realidade. (Fernando essoa, Livro do Desassossego, por Bernardo Soares)
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Certa sensação de Maiolo me recaia em alguns momentos ao ler aquele artigo...
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Eu nascida no hospital tal, pais tal, cidade qual, sei-corpo que isso não me contém. Entre-mundos dos quais estou ou não estou. Ler o artigo de Rolnik sobre a trajetória de Maiolo foi reflexivo.
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De onde vens? Venho do caminho.

“Habitante de um entre-mundos, nunca totalmente aderida a nenhum deles, Maiolino desde cedo será lançada no limiar entre o mapa de sentidos de um mundo já incorporado e a invisível e indizível vivência de um mundo larvar nascido de uma nova mistura”.

Minha configuração geológica transmuta-se entre as camadas que constituem essas subjetividades. Venho da trajetória de onde os pés pisam, a pele tateia e do que não é visível.. No entanto sei linha, da organização que a forma permite.


Compor sentidos entre argilas e camadas faz se inevitável. Não, não é possível encontrar esta origem fundadora, sou muitas e logo mais fui. Universos

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Como escreve a própria artista, “aí há vida”.

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O texto lido é este aqui, da Sueli Rolnik, aqui.

Um comentário:

fernanda disse...

Escrevi isso faz tempo, devaneios ricos, mas hoje me fez lembrar de algo que escutei estes dias...
Lembrando a fala de Oriana... Chilena... Brasileira.. Entre outras... Lá no Congresso Ibero Americano de Cultura e Transformação Social.