4 de outubro de 2009

De cada uma das historias que nos tecem

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Os que morreram
não se retiraram
Eles viajam
na água que vai fluindo
Eles são a água que dorme.

Os mortos
não morreram.
Eles escutam
os vivos e as coisas
Eles escutam as vozes da água

Birago Diop

Mia Couto é meu presente delicado destes dias. Este poema é o que inicia O outro pé da sereia. Apenas abri agorinha, logo li estas palavras, lembrei de Mercedes, de minha abuelita, dos que se foram e dos que que tem medo desse negocio de ir-se e foi minha vo quem disse dia desses - "negocio ruim esse de morrer", eta aperto no coração.

2 comentários:

Alan-Brado disse...

É isso...A VIDA...O tempo... A voz, e o silêncio...Estive na Prainha Branca dia desses...Ouvi o mar..Lembrei de ti!!!
Quanto tempo, Fê!!! Espero que esteja bem...
Beijos e abraço!!!
Alan

fernanda disse...

O mar, reverenciemos!
Faz tempo mesmo hein que a gente nao proseia.
Beijo