Ivone outro dia chegou cansada, disse que apesar de prazeroso, era cansativo estar tanto tempo tentando compreender e ser compreendido em lingua estrangeira ainda pouco conhecida. O caminho curioso e único de compreender o outro em sua lingua estrangeira... Por sua vez Sofia sempre falava de seus cansaços em falar português por muito tempo, pedia de repente a todos na mesa do bar - agora preciso falar um pouco de italiano, mesmo que vocês não entendam - e nos divertiamos na tentativa de entendimento da lingua irmã latina, mas foi ontem, que tive a sensação mesma e apesar das semelhanças, completamente diferente. Sim, pois com o mesmo esforço de compreensão, com o mesmo cansaço, mas com a diferença de que as linguas faladas aparentemente eram as mesmas.
17 de junho de 2010
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4 comentários:
O cansaço não é da língua falada, mas da boca que, às vezes, fala não falando. Despimos palavras, vestimos palavras, mas não gostamos dos trajes. Pode ser das cores, do design, do modelo que carrega o corpo ou da fome que não nos deixa ver direito ou torto, conforme os ouvidos de quem escuta. É todo um mundo de possibilidades que, até eu, já estou cansado. Bjs.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 18/06/2010
etpluribusepitaphius.blogspot.com
ô Manuel e destes sinuosos caminhos é nesta impossibilidade de troca, de divergência ou convergencia, monologo coletivo, que o cansaço se instala.
Bjs
O Sentimento sempre traz com le o entender..mesmo que o cansaço seja ainda assim grande, quem se gosta , se entende, mesmo que desentendimento ainda hajam...
Um beijo a menina.
Erikah
nem sei, Erikah, talvez. ouvidos, palavras, corpos, almas, algo há de se comunicar-se... entender quiza.
um beijo
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