31 de março de 2009
26 de março de 2009
25 de março de 2009
23 de março de 2009
Da manhã
(des) conhecendo pessoas.
(des) conhecendo lugares.
22 de março de 2009
Caligrafias cinzas
Gigantes de um choro velho.
Saio,
talvez em fuga,
pra não molhar as pessoas em minhas tristezas.
Na sala ao lado risos,
vozes tão (des) conhecidas;
eu me descobrindo rio.
16 de março de 2009
Parque Cocaia
Adoniran Barbosa
Quem chegou não foi oficial de justiça.
Desta vez Adoniran, foi Assistente Social do Programa da Secretaria da habitação.
Chegou de mãos dadas com a construtora.
Chegou sem dizer tanto e com pouco clareza nas suas palavras.
Chegou driblando perguntas, criando respostas e pressionando a saída.
Chegou com um cheque de oito mil reais.
E o prazo de dez dias.
- E olha lá dona Maria, que é melhor aceitar a quantia!
Dona Maria imagina o que faria com um cheque desse valor,
Em troca de seus 35 anos construindo sua vida nesse bairro.
Em troca de um projeto de urbanização que virá do qual não foi convidada a participar.
Aceitaria e buscaria um barraco na beira de outro manancial?
- E olha lá, quem não aceitar vai ficar sem nada!
Minimizar problemas não é garantir direitos.
http://www.cedecainter.org.br/portal/news.php
11 de março de 2009
ao menino que espia
Deve ser esse “atraso de nascença”*
Escrevo no tempo dos passarinhos
talvez porque escrever pra mim,
seja quase um ”esculpir o tempo”**
...
Então, nesses dias (es) corridos,
as palavras ficam assim,
escondidas pra qualquer graça