2 de fevereiro de 2011

Leve mimos pra sereia...

Desenho tirado desta moça aqui.

31 de janeiro de 2011

"Tudo é caso de sangue:

Não é fácil ser um homem livre: fugir da peste, organizar encontros, aumentar a potencia de agir, afetar-se pela alegria, multiplicar afetos que exprimem e envolvem o máximo de afirmação" Deleuze e Parnet, 1998, p.75
(coisas para cada e todo dia... trecho relido e reverberado em mim quando lia o livro da Flávia Liberman, Delicadas Coreografias roubado provisoriamente e com consentimento da maninha Gra)

21 de janeiro de 2011

Cabimento

Nas noites líricas e oníricas ela deixou aquele grande navio. Aquele mesmo que antes tão colorido e musical, já não continha mais os ventos de seus sonhos. E que sonhos? Como dunas que se movem, eles seguiam mudando o rumo. Não eram mais aqueles. E foi então que ela passou a pensar desejos. E em quatro mãos levaram o barco ao mar...
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Navegar.
Hoje ela cabe nesse mar.
Dezembro.2010

18 de janeiro de 2011

Números Soterrados

As provocações abaixo são do pilulas-diarias.blogspot.com:

A cobertura das enchentes pelo jornalismo empresarial foi inundada pelas emoções. A tragédia sensacionalista soterrou alguns números.

De 1990 a 2010, aconteceram cerca de mil mortes por tragédias naturais no País. A maioria por inundações ou deslizamentos. Em 2011, já são quase 700 mortos no Rio de Janeiro. Nesse ritmo, em poucos meses, serão 10 vezes mais vítimas fatais que a média anual.

Somente em 2009, foram 10 desastres naturais no País. A maior parte resultado de chuvas, deslizamentos de terra e enchentes. Também em 2009, o Brasil chegou ao 6º lugar entre os países com maior número de tragédias desse tipo. Portanto, não foi por falta de aviso.

Mas, o governo do Rio gastou R$ 8 milhões com prevenção e R$ 80 milhões em contenção de encostas e repasses às prefeituras em 2010. Já o governo federal gastou 14 vezes mais consertando do que prevenindo. Prevenção custa mais. Empreiteiras lucram mais.

Foram gastos menos de 3% dos R$ 442 milhões reservados no orçamento federal para a prevenção de desastres naturais. Enquanto isso, mais de R$ 112 bilhões sumiram na enxurrada dos juros da dívida pública. A mesma dívida que suga quase metade do Orçamento da União e é paga sem atrasos. Pacto diabólico que sacrifica grandes parcelas da população à lógica neoliberal.

Temos que romper com a escravidão aos números impostos pelo neoliberalismo. Precisamos de reforma urbana combinada com reforma agrária. Ambas radicais e sustentáveis. Contra o direito à propriedade e pelo direito à vida.

17 de janeiro de 2011

Nada escrevo.
Pouco falo.
Ao meu redor,
tudo diz.
Sopro no ouvido,
vento no corpo suado...
A bússola em mim revela desejos,
tudo ventando cá em mim.

8 de dezembro de 2010

2 de dezembro de 2010

Hoje nasci o dia inteiro.

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Sonhei que dizia isso e no sonho "o dia inteiro" era "o ano", "inteiro". Essas coisas-sensações de sonho. Fiquei pensando muito nessa frase que disse dormindo. E de como eu me dizia coisas em sonhos sem saber-sabendo, sem querer-querendo. E eu ali.

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O ano todo nascendo.
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Repeti. Repeti em minha mente como criança que quer ouvir muitas vezes a mesma história. Nascia? E repetia. Da repetição que ecoava, apenas uma única sensação quase física:
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Nascer dói.
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Pensava então. Onde vi isso? Devo ter lido. Clarice teria que ser Clarice Água Viva. Procurei. Procurei, mas não. Apenas havia sido aquela, aquela mesma que ao nascer dizia. Não, não era Clarice que me traduzia.
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Hoje nasci o dia inteiro.
Nascer dói.
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